Antigamente, as pessoas com Trissomia do Cromossomo 21 (T21 ou Síndrome de Down tinham expectativa de vida curta, que não passava da adolescência. Naquela época, as malformações associadas – especialmente as cardíacas – além de predisposições a infecções e outras comorbidades comprometiam a longevidade do indivíduo.
Felizmente, com o avanço da Medicina e da tecnologia, este cenário mudou de figura. A Trissomia do Cromossomo 21, é uma condição humana caracterizada pela presença de um cromossomo a mais do par número 21 e a alteração cromossômica mais frequente na espécie humana.
Com estudos e pesquisas, pôde-se observar uma superação na expectativa de vida da pessoa com T21, que atualmente pode ultrapassar os 60/70 anos de idade. Quando recebem cuidados que englobam aspectos da Trissomia e da individualidade de cada pessoa e de cada família, é possível alcançar uma idade adulta e velhice produtiva e com inclusão social efetiva.
Cuidados e integração familiar
A inclusão social da pessoa com T21 começa ao nascer, segue pela infância, e por toda a vida. É necessário haver integração entre os pais, as pessoas do convívio social e a equipe de Saúde e Educação para que o indivíduo com esta condição possa seguir um programa de desenvolvimento sólido, que o auxilie na estimulação cognitiva, equilíbrio metabólico e social.
“A atenção e o acolhimento da família ao longo das fases da vida é fundamental, pois é a origem da inclusão”, afirma Dra. Carla Franchi Pinto, Doutora em Genética Médica e Fundadora da Associação Elo21.
O foco, segundo Dra. Carla, é realizar a manutenção da saúde e a prevenção de complicações que possam surgir ao longo da vida da pessoa com Trissomia 21 e o cuidado com seus familiares.