Semana do aleitamento materno – relatos de uma mãe

“Quando descobri minha gestação, inesperada, decidi ser a minha melhor versão e me dediquei completamente a gestação. Todos os cuidados, principalmente bons hábitos alimentares, repouso e tudo que tinha direito. Queria muito amamentar, queria que minha filha tivesse o melhor de mim. Com o nascimento e a surpresa do diagnóstico (T21), minha pequena ficou 2 meses em UTI.

Entubada, sondada, passou por vários procedimentos, desde anestesias gerais, exames e cirurgias. Meu sonho de amamentar estava ficando distante…

Mas não para mim, lutei por isso, foram dias e noites estimulando manualmente e com bombinha. Bicos dos seios avermelhados, ardendo, rachados, sangrando e 10, 20 ml de leite tirado. Cansaço físico, afinal morar em um hospital não é fácil, cansaço mental, ver sua filha naquela situação, tomar decisões que colocavam a vida dela em risco, nossa, como foi difícil. Mas minha vontade era maior, e com 18 dias de vida, Lara foi extubada, mas ainda havia uma sonda oral, a qual impedia de mamar.

Foi quando ela saiu da alimentação por sonda e começaria a alimentação via oral, por MAMADEIRA. POR QUÊ? Eu estou aqui, sou o alimento dela. Mas os médicos diziam que ela tinha sonda, passou por cirurgia e ainda tem um agravante a HIPOTONIA da Síndrome que ela tem.

Não, eu confio nela, em nós duas, eu quero amamentar minha filha. E assim, depois de muita BRIGA, pelo MEU DIREITO de AMAMENTAR, eu consegui amamentar a Lara pela primeira vez. SIM, nós conseguimos!

Lara mamou lindamente, diante de sondas, fios e todas as dificuldades que ela tinha naquela situação. A T21 nunca foi para nós um destino.

Seguimos fortes na amamentação até hoje, com 1 ano e 8 meses, a Lara mama no peito. E sim ela tem hipotonia, sim ela tem a síndrome, mas principalmente ela tem o direito de mamar. E nós conseguimos porque acreditamos uma na outra. Não foi e não é fácil, amamentar exige muito, privação de sono, alimentos (a Lara tem alergia a leite e derivados), mas nada é mais prazeiroso do que ver a boquinha dela cheia do meu amor, carinho, dedicação e alimento em forma de leite materno.

Infelizmente, nos 6 primeiros meses tive o auxílio da fórmula. Minha produção de leite era baixa pois eu fiz redução de seios há alguns anos mas, isso não me impediu de amamentar. Por isso, eu te falo, mamãe de crianças atípicas e típicas, confiem em vocês e principalmente nos nossos filhos, nós conseguimos.”

Relato da Emiliana, mãe da Lara.

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